Fraude mais comum no e-commerce do Brasil é o teste de cartão, um tipo de roubo de identidade

Pesquisa da CyberSource, empresa da Visa, revela que metade das transações foram atingidas pelo golpe, que acessa contas bancárias ou cartão de crédito

A fraude mais popular no comércio virtual brasileiro é o teste de cartão, de acordo com o “Relatório Global sobre Gerenciamento de Fraude em E-commerce 2019”, realizado pela CyberSource, empresa da Visa. Este golpe consiste em testar se os dados dos cartões obtidos ilegalmente são realmente válidos (45%). Os testes normalmente ocorrem em sites de compras não protegidos, com produtos de baixo valor. Caso a transação seja processada com sucesso, o fraudador consegue confirmar a validade dos dados, se o cartão não está bloqueado ou sem limite, passando a utilizar o cartão para realizar novas fraudes.

Em seguida vêm roubo de conta (42%); roubo de identidade (40%); uso abusivo de cupons, descontos e reembolsos (40%); fraude com o programa de fidelidade (30%); fraude amigável (28%), quando o consumidor solicita o estorno após a compra virtual, prejudicando o lojista; pishing, pharming e whaling (26%), que são técnicas para atrair a vítima para sites falsos para obter informações como senhas bancárias; fraude de parceiros/afiliados (25%), quando afiliadas induzem empresas a pagar comissões não devidas; re-sipping (23%); esquemas de triangulação (25%); lavagem de dinheiro (15%) e botnets (9%), em que computadores são infectados com softwares maliciosos para roubar dados e acessar dispositivos.

O estudo foi realizado com 2.800 especialistas em gerenciamento de fraudes de empresas e organizações, dos setores de bens duráveis, turismo, serviços, gastronomia e eletroeletrônicos, de 34 países nos cinco continentes, em 2017 e 2018. Todos são responsáveis ou influenciam nas decisões sobre monitoramentos de golpes no e-commerce.

Para garantir o equilíbrio de uma empresa, o controle de fraudes se apoia em três pilares: maximizar a receita, minimizar perdas por fraudes e minimizar custos operacionais. A pesquisa dividiu os especialistas em dois grupos: os que atribuem igual importância a estas três áreas, que foram denominados líderes; e os que não priorizam, o restante dos entrevistados.

Para conter o avanço de fraudes no próximo ano, os especialistas latino-americanos indicam cinco procedimentos: melhorar o gerenciamento no segmento omnichannel, criar regras específicas para celular, capturar e utilizar os dados corretos, aprimorar o processo de disputa de cobrança retroativa e aperfeiçoar a análise de golpes.

Toda essa precaução não é à toa, já que 95% das empresas latino-americanas relataram algum tipo de ataque. Quase metade delas, 47%, detectaram roubo de contas, o que é maior do que a média global, que chega a 37%.

“O mercado de e-commerce brasileiro apresenta forte crescimento e, consequentemente, atrai uma grande quantidade de criminosos cibernéticos. Nosso objetivo é fornecer soluções que aumentem a conversão de vendas e diminuam a quantidade de fraudes, garantindo a segurança e conveniência de empresas e consumidores”, analista Hugo Costa, diretor executivo da Visa.

Para 65% dos entrevistados da América Latina, o maior desafio para o monitoramento de fraudes é a identificação e a resposta aos ataques. Na sequência, atualização de modelos de risco (57%), lacunas nas funcionalidades das ferramentas (46%), gerenciamento em omnichannel (46%), falta de recursos internos suficientes (41%), falta de conhecimento interno (35%), manutenção com regulamentações governamentais ou mudanças de regras do sistema de pagamento (32%) e expansão internacional (16%).

América Latina O número de profissionais latino-americanos especializados em gerenciamento de fraudes que atribuem importância ao monitoramento é de 26% – superior ao restante do mundo, que alcança 18%.

Também na América Latina, 61% dos especialistas classificam o monitoramento de fraudes no comércio online como extremamente importante para a estratégia de negócios de sua empresa, enquanto esse percentual cai para 44% na média dos outros entrevistados. Para mais detalhes sobre o “Relatório Global sobre Gerenciamento de Fraude em E-commerce 2019”, acesse o link.

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